UNIDADE 03- A organização e a origem dos seres vivos.
Características dos Seres Vivos
OS SERES VIVOS TÊM ORGANIZAÇÃO CELULAR
Células: unidades da vida.
Células são pequenos compartimentos vivos, em geral microscópicos e normalmente constituídos de membrana, citoplasma e núcleo. Consideradas a unidade da vida, as células são as menores partes de um ser vivo nas quais se reconhecem as características da vida.
Todos os organismos, exceto os vírus , apresentam organização celular. Podem ser unicelulares, consistindo de uma única célula, como uma ameba ou uma bactéria, ou pluricelulares, como nós, que somos feitos de muitas células trabalhando em conjunto.
Outra característica importante das células é sua capacidade de dividir-se; em outras palavras, uma célula pode originar outras duas. Esse processo chama-se divisão celular.
Quando estudaram as células os biólogos perceberam que existem dois padrões celulares: a célula procariótica e a célula eucariótica. A célula procariótica é muito mais simples do que as eucarióticas e existe apenas nas bactérias e nas algas azuis.
Tais indivíduos são denominados procariontes, enquanto todos os demais que apresentam células eucarióticas são chamados eucariontes.
Tais indivíduos são denominados procariontes, enquanto todos os demais que apresentam células eucarióticas são chamados eucariontes.
Os eucariontes (eu = verdadeiro, genuíno + cario = núcleo) apresentam um núcleo diferenciado; os procariontes (pro = que vem antes + cario = núcleo), um núcleo primitivo.
Uma célula procariótica típica tem sempre uma membrana plasmática, que permite a entrada e a saída de substâncias, ou seja, as trocas entre a célula e o meio, e um citoplasma simples, composto de um material gelatinoso, o hisloplasma, no qual estão mergulhados os ribossomos, cuja função é produzir proteínas, constituintes básicos da matéria viva. Solto no citoplasma, não envolvido por membrana alguma, existe ainda um filamento de material genéticos, a cromatina. Assim, a característica principal da célula procariótica, é não ter núcleo definido.
OS SERES SE DESENVOLVEM
Todos os organismos passam por diversos estágios, que vão desde seu nascimento até sua morte. Fomos todos um dia uma célula única, a célula-ovo, proveniente da união de um espermatozóide e de um óvulo. O ovo logo se transformou numa massa multicelular, que aos poucos se diferenciou, aparecendo os diversos órgãos. Após nosso nascimento, passamos pelos estágios da infância, da adolescência e da idade adulta. De forma inevitável, pelo menos por enquanto, envelhecemos e finalmente morremos. Chamamos desenvolvimento aos estágios pelos quais um organismo passa durante a vida.
OS SERES VIVOS CRESCEM
O crescimento é outra característica importante dos seres vivos.
Considere um nenê, que pese, ao nascer, 3,5 kg. Nos primeiros meses, ele aumenta rapidamente de massa, podendo chegar em pouco tempo a 6 ou 7 kg.
De que forma foiproduzida essa massa suplemento de corpo? É claro que foi através do alimento que a criança ingeriu, principalmente o leite, materno ou de vaca. A criança conseguiu transformar o leite em músculo, sangue, osso, cérebro etc.! É espantoso imaginar que o leite, em última análise, tenha "virado" matéria viva e produzindo o "corpo da criança".
OS SERES VIVOS TÊM METABOLISMO
No interior das células vivas ocorre uma série de transformações químicas, que em conjunto são chamadas de metabolismo. Essa transformações permitem, por exemplo, que o alimento seja convertido em mais material vivo, como vimos no item anterior: que a célula obtenha a energia necessária para crescer, dividir-se e movimentar-se; e que o material genético seja capaz de controlar tudo o que acontece. Quando as reações do metabolismo param, o organismo morre.
A figura a seguir mostra, de forma simplificada, alguns eventos dos metabolismos energético e de construção. Parte dos nutrientes contidos no alimento é usada como material de construção para produzir mais matéria viva. A outra parte seve de combustível na respiraçãoi celular, em que ocorrem "queimas" que liberam energia. Essa energia é utilizada para todas as atividades biológicas, como a condução do impulso nervoso, o movimento, o transporte através da membrana etc.
A Terra antes do surgimento da vida
A tese do surgimento da vida na terra, aprovada como errônea por Pasteur, é a de que há quatro bilhões de anos, quando gigantescas misturas de vapor d'agua, hidrogênio, metano e amoníaco teriam produzido espontaneamente, sob a ação de poderosas descargas elétricas, os tijolos químicos da vida, isto é, os aminoácidos que formam as proteínas (das quais também participa o nitrogênio), os carboidratos (pequenos açúcares ou oses) e os ácidos graxos, compostos, os dois últimos, de carbono, hidrogênio e oxigênio. Esses tijolos químicos teriam então adquirido vida, através da formação, por acaso, do DNA.
A tese do surgimento da vida na terra, aprovada como errônea por Pasteur, é a de que há quatro bilhões de anos, quando gigantescas misturas de vapor d'agua, hidrogênio, metano e amoníaco teriam produzido espontaneamente, sob a ação de poderosas descargas elétricas, os tijolos químicos da vida, isto é, os aminoácidos que formam as proteínas (das quais também participa o nitrogênio), os carboidratos (pequenos açúcares ou oses) e os ácidos graxos, compostos, os dois últimos, de carbono, hidrogênio e oxigênio. Esses tijolos químicos teriam então adquirido vida, através da formação, por acaso, do DNA.
Como se nenhuma inteligência estivesse atuando por trás de tudo isto os cientistas encontraram recentemente novas provas que parecem indicar que a formação de aminoácidos, que são a base da vida, não acontece somente em cometas e asteróides, mas que também poderá ocorrer no espaço interestelar.
Este resultado é consistente com as teorias que apontam para que os principais ingredientes para o desenvolvimento da vida tenham vindo do espaço. Conseqüentemente, os processos químicos que estão na origem do desenvolvimento das formas de vida poderão ocorrer em outros locais do Universo.
Os aminoácidos são os "tijolos" das proteínas, que por sua vez estão presentes em todos os organismos vivos. Já se encontraram aminoácidos em meteoritos que caíram na Terra, mas nunca no espaço. Pensa-se que os aminoácidos encontrados nos meteoritos terão sido produzidos pouco depois da formação do Sistema_Solar, por ação de fluidos aquosos sobre cometas e asteróides, cujos fragmentos, mais tarde, deram origem aos atuais meteoritos.
No espaço interestelar existem enormes nuvens de gás e poeira. A poeira existente nestas nuvens é composta por pequeníssimos grãos, tipicamente menores que um milionésimo de milímetro. Duas equipes de investigadores, uma européia e uma norte-americana, tentaram reproduzir em laboratório os passos físicos que culminam na formação destes grãos no interior das nuvens moleculares. O que eles descobriram foi que os aminoácidos se formavam espontaneamente nos grãos artificiais resultantes da experiência.
Ambas as experiências começaram com água e uma variedade de moléculas simples, que sabemos existirem nas nuvens "verdadeiras", como é o caso do monóxido de carbono, do dióxido de carbono, do amoníaco e do cianeto de hidrogênio. Em câmaras especiais de laboratório reproduziram-se as condições de temperatura e pressão que existem nas nuvens interestelares, onde a temperatura ronda os 260ºC negativos e a pressão é quase zero. Ao longo de toda a experiência foi necessário trabalhar com todo o cuidado para evitar qualquer tipo de contaminação. Como resultado, grãos análogos aos das nuvens interestelares acabaram por se formar.
Os grãos artificiais foram depois expostos a radiação ultravioleta. Este processo desencadeia reações químicas entre as moléculas e ocorre de forma natural nas nuvens interestelares. Ao analisar a composição química dos grãos, encontraram-se aminoácidos, concluindo-se que os aminoácidos poderão surgir no espaço como produto de um processo químico natural que ocorre no interior de nuvens de gás e poeira. Estes resultados parecem então indicar que a vida poderá ser um evento relativamente comum. No entanto, muitas dúvidas ainda permanecem. Por exemplo, poderão estes resultados ser uma pista para descobrir o que aconteceu na Terra há cerca de 4 mil milhões de anos atrás? Será que as condições recriadas no laboratório são realmente semelhantes às do espaço interestelar?
Duas futuras missões da Agência Espacial Européia (ESA) tentarão responder a algumas das perguntas para as quais ainda subsiste a dúvida. São elas: a sonda Rosetta (será a primeira a orbitar e a pousar na superfície de um cometa, tentando descobrir qual a composição química destes corpos), que será lançada no próximo ano, e a sonda Herschel que será lançada em 2007. Terá um espelho com 3.5 metros de diâmetro, tentará observar radiação que até hoje nunca foi observada - o infravermelho longínquo e radiação submilimétrica. É precisamente nestes comprimentos de onda que se poderão detectar os compostos químicos mais complexos como é o caso das moléculas orgânicas.
A nova sessão do Planetário do Porto,de nome "Novos Mundos", que estreará para o público a 8 de Junho de 2002, aborda estes temas:
Como surgiu a vida no nosso planeta?
Será que ela poderá existir em outros locais do nosso Sistema Solar?
Como poderemos encontrar planetas extra-solares?
Para saber mais sobre os "Novos Mundos" não deixe de visitar o sítio do Planetário do Porto em: http://www.astro.up.pt/planetario/index.html
Na poeira cósmica, síntese da vida, temos as atrações magnéticas profundas.
A vida triunfante é luz imperecível, impelindo-nos no rumo das Esferas Superiores; entretanto, encerra consigo a rude batalha da evolução, em que todos somos compulsoriamente engajados na condição de espíritos eternos, a fim de conquistá-la.
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