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FLORES DO CERRADO

Ipê amarelo

Flores do Cerrado recepcionam a Primavera
Reportagem: Mauro Júnio*

Apesar de o Cerrado ter como característica um bioma rústico, é chegada uma das estações mais exuberantes do ano. No Cerrado, a nova estação é marcada mais pela volta das chuvas do que pelas flores, já que estas aparecem com mais intensidade no verão, como sinal de defesa em relação à baixa umidade que a estação proporciona ao clima.
Quando se fala de primavera a primeira imagem que se forma na mente das pessoas é da natureza repleta de flores e as paisagens mais belas, associada a um clima agradável e que favorece atividades prazerosas, como passeios ao ar livre, nos parques e bosques da capital e trilhas na natureza, o que parece algo inspirador nas cores e os cheiros que as flores das árvores nativas do cerrado proporcionam recepcionando a primavera. Um dos espetáculos que Goiânia proporciona pode ser visto em vários locais, como as vias públicas e as unidades de conservação, que estão com inúmeros exemplares nativos, como ipês, carobas e outros totalmente floridos.



O mês das flores chega, e o colorido que se espalha em meio à vegetação rústica ocasiona uma mudança na paisagem, que sai do amarelo seco para um verde mais acentuado. No período chuvoso, algumas árvores do cerrado armazenam uma quantidade de água que as auxilia a sobreviver no período de seca e outras buscam água no subsolo através de raízes profundas. “A água armazenada permite que o primeiro passo seja a emissão de folhas, para que elas tenham características de um verde vibrante”, explica Mariana Siqueira, gerente de Arborização Urbana da Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma).
Depois da chuva, a árvore entra no processo de caducifólia, que é quando as folhas secam e caem, a sim dão inicio a floração. ‘‘É antes das chuvas que a maioria das árvores expressam suas florações, e o cerrado com isso explode em cor’’, declara Mariana. Somente depois de terminada a estação seca, que dura em média cinco meses – maio a setembro, a vegetação reage vigorosamente, as árvores ganham novas folhas e a paisagem torna-se verde outra vez.





De acordo com Mariana, muitas espécies que florescem nessa estação do ano são extremante ornamentais como o pau-santo, o canzileiro, os ipês, carobas e outras. “Apesar de muitas espécies terem flores menos coloridas, dão origem a uma diversidade de frutos que alimentam a fauna silvestre, e também são apreciados nos novos cardápios goianos como a mangaba, o jatobá, o baru, a cagaita e o famoso pequi”, enumera. Ela lembra ainda que o sabor e o aroma do pequi é marcante e peculiar, e pode ser apreciado em variadas formas: cozido, no arroz, no frango, com macarrão, com peixe, com carnes, no leite, e na forma de um dos mais apreciados licores de Goiás, além de doces e sorvetes.
Apesar do Estado de Goiás ter apenas duas estações do ano bem definidas – o inverno seco e o verão chuvoso – a primavera revela um esplendor em setembro, quando se dá o pico da floração. “Uma vez que os remanescentes florestais existentes em Goiânia apresentam uma grande quantidade de espécies nativas que exibem flores e complementam a beleza da primavera”, acrescenta.





*Mauro Júnio é Jornalista da AMMA de Goiânia – Agência Municipal do Meio Ambiente

Via Pão e Ecologia